domingo, 20 de dezembro de 2009

Do Casamento

O homem que se dispõe a casar-se, deve antes de mais nada, amar incondicionalmente sua mãe. Todo o resto no casamento é passageiro: tesão, sexo e o gozo. O papel de mãe que a mulher desempenha na relação do casal, é a base para estruturar as "boas aparências".
Para o homem se casar, além de amar a própria mãe – e talvez isso seja uma conseqüência natural de alguém que ama sua progenitora – deve se sentir constantemente culpado; eis o eixo da relação entre mãe e filho. A culpa aqui, nesse caso, vem da divida eterna do filho com a mãe, em decorrência do surgimento de sua vida, como sendo o bem maior para ele – mas sabemos que a gravidez e a geração de uma nova vida, só diz respeito a vaidade feminina. Por isso somos tão bem adaptados ao sentimento de culpa, pois somos desde criança, adestrados a nos sentirmos culpados.
Toda a culpa decorre-se do facto de termos sido criados por outras mulheres – nunca ouve uma sociedade patriarcal, como insistem os historiadores e antropólogos. A família, o conforto da mulher, a segurança dos filhos são exigências da vaidade feminina. Para o homem, pouco importa com quantas mulheres ele se deita, desde que ele possa se deitar com quem ele quiser; a culpa surge exatamente do conflito gerado pelos “ensinamentos” da mãe, que passa toda a sua doutrina feminina, para o filho. Amar e respeitar uma mulher, passa a ser secundário, a partir da segunda ou terceira moça com quem nos deitamos.
A auto-mutilação da culpa, a vontade de estabelecer território fixo, chegando então, a fusão com o outro, são exigências do amor; o amor, mera conduta moral de virtudes femininas, quer aperfeiçoar o homem, a partir da sublimação de sua pluralidade sexual, ao exigir a singularidade sexual – direcionamento – a um único ser: sua esposa. Vemos aqui, então, que o amor, é mais um sub-produto das virtudes femininas e o casamento por amor, é a conquista da mulher sobre o homem.

4 comentários:

  1. Só acho que esqueceu de dizer no seu texto que, em alguns casos específicos, ao tomar conhecimento desta faceta, alguns, por orgulho ou por vaidade, acabam por ceifar esse sentimento e acabam por se tornar meros receptáculos de sensações vazias, quando poderiam, na aceitação desse fato, sem culpa, aproveitar ao máximo as múltiplas possibilidades do prazer de compartilhar uma vida, um sentimento, uma entrega. O casamento é uma entrega, uma aceitação mútua, do dominado e da dominadora. Sem essa aceitação mútua, o casamento não pode dar certo.

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  2. Falácia! Afeminado!
    Como pode existir "aceitação mútua" de quem domina? só há aceitação de quem é dominado, e é dominado pelo sentimento de culpa!

    Quanta culpa há nessas suas afirmações!

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  3. bah... até tem um pouco de lógica a sua argumentação (do texto)
    mas a verdade é muito mais complexa
    e racionalizar sobre ela é complicado demais
    quando se fala em casamento, para mim, é uma maneira de mostrar para a sociedade que se é uma pessoa normal, tradicional, que pode receber confiança alheia e... por aí vai...
    mas já tive um "casamento" (morei junto por 3 anos) e senti, mesmo sendo mãe, a dominação masculina e a necessidade de aceitar. já fugi de um noivado (com outro cara, anos depois) por não me sentir preparada para enfrentar o poder masculino mais uma vez. recentemente me envolvi com outro rapaz, que por ter 30 anos se dizia velho e que precisava casar, era muito ciumento e apesar de fiel (ele se dizia e eu acreditava...) precisava casar para se sentir parte da sociedade e assim montar uma família... eu nunca propus casamento, nem corri atrás disso, mas muitos homens só se sentem seguros estando casados.
    então, pode ser um reflexo de suas mães mesmo... vai saber

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