quinta-feira, 23 de julho de 2009

Aos Incestuosos

Que fique bem claro, senhores! De uma vez por todas: não vos recrimino em vossa corrida de eterno retorno ao seio materno, apenas me ponho a própria disposição para uma auto-análise, quando me anulo de tal ato “tão nobre;” e não me entendam mal: embora reconheça a necessidade que se encontra dentro de vossos corações, as minhas necessidades são outras. Prefiro a contemplação da vida que corre, e minhas divagações, do que a culpa de uma performance sexual mal sucedida – o que implica em má publicidade. Me lanço para dentro de mim mesmo com a única finalidade: gnothi seauton. O único problema, aqui, de fato, é a minha insistência por conta de meu espírito jovem, “em jogar pérolas aos porcos, sendo que, estes, ainda preferem digladiar-se por contas de vidro.” Muitos dos “homens” que me cercam, são apenas mulheres com clitóris avantajados. Ao passo que isso me incomoda, gosto de “brincar de carpinteiro” – como já o fiz com homens castrados: sem nenhum sucesso.

2 comentários:

  1. Muito interessante a postagem no aspecto que toca o motor humano. Freud vai dizer que em última análise é o sexo e que o conhecimento e outras atividades são somente sublimações e deslocamentos da libido sexual natural. Já na primeira frase da Metafísica de Aristóteles temos: "Todo homem deseja por natureza o conhecimento." Ou seja, independentemente de haverem outros motores, o desejo de conhecimento é um deles. E recentemente pensei em algo que não tinha pensado: o "por natureza" dessa frase. Se partirmos que o homem é um animal racional então temos duas coisas: ser animal e ser racional. Intuitivamente, relacionamos a parte animal à natureza: é natural ter fome e outras vontades. Já o conhecimento parece ter mais relação com a parte racional, a qual não seria natural: seria da alma ou mente. Porém ele diz "por natureza deseja conhecer". Relaciona portanto o conhecimento à natureza e - por enquanto - ainda não à razão.

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  2. sábias palavras. não são meros versos jogados ao vento...mas contém uma verdade a muito oculta dentro de nós.

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